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SGB LAB

O SGB Lab é um laboratório que ajuda a viabilizar projetos que usam as tecnologias e novas mídias para melhorar o mundo. No Lab, aposta-se em inovadores sociais que sonham grande e que acreditam no poder das tecnologias e novas mídias.

Em 2017 foram 262 os projetos inscritos de 16 estados do Brasil e, após um desafio, 50 foram selecionados para participarem do Lab. Destes, 21 chegaram ao Demo Day onde apenas 3 foram selecionados como finalistas.

Mãe&Mais / Empreendedoras: Thais Ferreira e Samara, RJ / R$ 7.600,00

O mercado de serviços de saúde movimenta R$ 418 bilhões todo ano no Brasil. Os principais usuários são mulheres e crianças de 0 a 6 anos de idade: temos 67 milhões de mães e 18 milhões de crianças nessa faixa etária atualmente no país. Mas como fazer com que o atendimento de qualidade esteja disponível para quem mais precisa? Esse é o objetivo do Mãe&Mais, é um projeto que fornece atendimento médico acolhedor e humanizado e acessível para áreas populares do Rio de Janeiro.

Durante o SGB Lab, a Thais e a Samara prototiparam o espaço que vai ser uma clínica popular referência, atendendo e educando mães e crianças na primeira infância. Elas realizaram 21 ações itinerantes, têm 27 médicos engajados no projeto e já impactaram mais de 300 pessoas. O Mãe&Mais utiliza tecnologias de orientação por dados para ser mais eficaz e assertivo nos atendimentos, e focar suas ações nas pessoas e locais que mais precisam.

A ideia principal que rege o projeto é fácil de entender e muito significativa: empoderar mulheres mães é cuidar do futuro das próximas gerações. O Mãe&Mais também nos mostra que para inovar, não precisamos de milhões de tecnologias e dispositivos. Basta um olhar empoderado e humanizado, focado em resolver os problemas de quem mais precisa de forma diferente.

Chat21 / Empreendedora: Gabriela Laborda, RJ / R$ 7.600,00

Quem é mãe ou pai sabe da quantidade de perguntas que passam pela cabeça quando recebemos a notícia de um novo bebê a caminho. Vai ser parecido com a mãe? Com o pai? Vem careca ou cabeludo? A espera gera expectativas e muitas dúvidas. Mas você já pensou em como é receber a notícia de que seu filho ou filha é portador da trissomiado cromossomo 21, que ocasiona a Síndrome de Down?

A Gabriela, idealizadora do Chat21 (sigla para Central Humanizada de Atendimento T21), passou por essa experiência quando teve sua filha Maíra, e decidiu ajudar outros pais e mães que passam pela mesma situação. Um em cada 700 bebês no Brasil nascem com a síndrome —quase 10 crianças por dia! A ideia por trás do Chat21 é conectar e apoiar as mães e pais dessas crianças, de forma acessível, simples e que mostre que ninguém está sozinho.

O aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp é a principal ferramenta de trabalho. Durante o SGB Lab, foram criados 18 grupos de acolhimento regionais de pais e mães. O atendimento é gratuito e apoiado por especialistas. Em dois meses, o projeto realizou 106 acolhimentos, enquanto uma instituição local que a Gabriela conhecia conseguia realizar apenas 20 em um ano inteiro. O objetivo maior do projeto é servir de base para o protocolo nacional de atendimento a crianças com síndrome de down.

Blindsight / Empreendedor: Ricardo Sabedra, RS / R$ 7.600,00

Você se sentiria seguro saindo para fazer suas atividades de rotina vendado? Já imaginou encarar uma rua movimentada sem poder ver nada? As 7 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil enfrentam esse problema todos os dias. O Ricardo viveu esse problema de perto com o Raí, um amigo que possui deficiência visual. Ele vivia com medo de se deslocar até em distâncias pequenas, como uma troca de sala na faculdade. Pensando no Raí, o Ricardo decidiu buscar uma solução que aumentasse a autonomia e a mobilidade de pessoas com deficiência visual—e diminuir o medo.

Testando bastante suas ideias com a ajuda do Raí, o Ricardo desenvolveu um dispositivo wearable, uma espécie de cinto equipado com sensores de movimento que a pessoa com deficiência visual usa na cintura. Os sensores produzem vibrações que transmitem sensorialmente ao usuário a presença de obstáculos. Funciona de forma parecida com os sensores de estacionamentos dos carros, e a ideia é que o Blindsight seja usado em conjunto com a bengala. Com o tempo, quem usa o dispositivo passa a entender os sinais emitidos pelo dispositivo e até diferencia pessoas e movimentos.

A equipe do Blindsight segue trabalhando para deixar o dispositivo cada vez mais eficaz e inteligente. Ele é vendido por um preço acessível àqueles que precisam, mas que também permita a empresa crescer e melhorar o produto.