O Dia Mundial da Saúde, celebrado anualmente no dia 7 de abril, é uma data comemorativa criada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 1950 que tem como objetivo conscientizar a população mundial a respeito da qualidade de vida, além de destacar ações que afetam diretamente a saúde de todos. A data foi escolhida para coincidir com a criação da OMS, criada em 7 de abril de 1948, apenas dois anos antes.
Este ano de 2021, levando em consideração a pandemia global ocasionada pela Covid-19, a OMS lançou uma campanha que será divulgada durante todo o ano em apoio aos profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate ao coronavírus.
2021: Ano Internacional dos Trabalhadores de Saúde e Cuidados
O ano de 2021 foi designado pela OMS como “Ano Internacional dos Trabalhadores de Saúde e Cuidados” para “reconhecer e agradecer a dedicação inabalável desses trabalhadores na luta contra a pandemia COVID-19”, diz informativo divulgado pela organização.
Em conjunto com esse anúncio, a OMS também divulgou a campanha “Proteger. Investir. Juntos”, que tem como objetivo evidenciar a importância de investir em profissionais de saúde, fazendo com que os investimentos em saúde sejam equivalentes aos investimentos em outras áreas, como na economia, por exemplo.
Na linha de frente no combate a Covid-19
Na linha de frente no combate a Covid-19 existem muitos profissionais de saúde que arriscam as próprias vidas para garantir que milhares de pessoas possam continuar vivendo. Além dos médicos e enfermeiros, que fazem um importante trabalho dentro dos hospitais, também contamos com faxineiros, recepcionistas e com o auxílio do agente de saúde que, muitas vezes, é o primeiro contato que o usuário do sistema básico de saúde tem acesso.
[gdlr_quote align=”center” ]“A gente tem medo, nos sentimos super-heróis, nos sentimos cansados e pressionados pela população e pela gestão”, diz Karina Mota, agente de saúde da zona sul de São Paulo.[/gdlr_quote]
“Nos sentimos totalmente pressionados, pois somos a porta de entrada para a unidade básica de saúde, então a população nos cobra informações que geralmente não temos ou temos limitações para informar”, diz ela.
Além disso, mesmo estando em contato direto com as pessoas na rua, Karina conta que os agentes de saúde não recebem nenhum tipo de tratamento voltado ao cuidado ou proteção, além dos cuidados gerais que toda a população deve seguir. “Somos cuidadores que não têm quem cuide da gente”, diz ela.
Neste momento, uma das principais queixas desses cuidadores é a falta de apoio psicológico, uma vez que eles veem com frequência pessoas que costumavam visitar morrendo ou sofrendo, vítimas da doença. “O único apoio que temos é entre nós, entre a classe, mas está todo mundo sobrecarregado, todo mundo está uma pilha de nervos” diz Karina.
O vírus ainda não foi controlado e as vacinas ainda estão sendo distribuídas a passos curtos. Sendo assim, é preciso ficar atento e seguir as medidas de proteção. É preciso fazer o necessário para preservar a saúde e desafogar o trabalho de tantos profissionais da saúde. “Se preservem o máximo que vocês puderem, só saiam de casa em extrema necessidade, estamos passando por isso hoje, mas com todas as medidas que estão sendo tomadas, temos a esperança de retomar as nossas vidas.”, encerra Karina.
Brasil é líder em mortes diárias no mundo
O Brasil é reconhecido internacionalmente como um dos países com mais mortes diárias no mundo, batendo recordes sucessivos no último mês.
De acordo com os dados divulgados pela plataforma “Our World in Data”, o Brasil ultrapassou o total de óbitos registrados na Ásia, maior continente do mundo. No mês de março, o Brasil atingiu 58.924 mortes, mais que o dobro registrado na Ásia, 26.625.
Segundo dados apurados pela CNN Brasil, para superarmos o número total de mortes contabilizados no Brasil, é preciso somar as mortes de 8 países (Rússia, Itália, França, Polônia, Ucrânia, Espanha, Alemanha e República Checa) que somam 63.150 mortes.
Segue a lista dos 10 países com mais mortes diárias por Covid-19 no mês de março de 2021:
- Brasil: 58.924 mortes / Média de mortes diárias: 2.031
- Estados Unidos: 35.919 mortes / Média de mortes diárias: 1.238
- México: 16.117 mortes / Média de mortes diárias: 555
- Rússia: 11.713 mortes / Média de mortes diárias: 403
- Itália: 10.651 mortes / Média de mortes diárias: 367
- França: 8.534 mortes / Média de mortes diárias: 294
- Polônia: 8.163 mortes / Média de mortes diárias: 281
- Ucrânia: 6.348 mortes / Média de mortes diárias: 218
- Espanha: 6.057 mortes / Média de mortes diárias: 208
- Alemanha: 5.987 mortes / Média de mortes diárias: 206
Mortes à espera de leito em São Paulo
Segundo dados apurados pelo portal de notícias G1 em 25 de março de 2021, o estado de São Paulo conta com 30.359 pacientes internados com suspeita ou confirmação da Covid-19, 17.771 estão em enfermarias, 12.588 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Até o último mês, 606 pessoas estavam na fila de leitos de UTI na região metropolitana de São Paulo, dessas, 5 pessoas faleceram vítimas da Covid-19 e à espera de um leito de UTI.
Em março de 2021, a ocupação média chegou a 92,3%, contra 77,2% no momento mais grave da pandemia em 2020, que ocorreu no final de maio de 2020. Na região metropolitana da capital o índice foi a 92,2% e na grande São Paulo se igualou ao recorde registrado em maio de 2020, quando a ocupação também chegou a 92,2%.
Fundação ABH e o auxílio às vítimas da pandemia
A Fundação ABH conta com uma campanha voltada para as famílias que foram vítimas da pandemia. A pandemia da Covid-19 trouxe efeitos desastrosos para a saúde da população e para a economia, fazendo com que muitas pessoas perdessem os seus empregos.
Dessa forma, contamos 6.324 famílias cadastradas e outras tantas mapeadas e nosso plano é apoiá-las com R$ 200,00 / mês enquanto a pandemia e seus efeitos perdurarem.
Seja um doador também! https://combatecovid.org/fundacao-abh
Toda ajuda é muito bem vinda e faz a diferença! Compartilhe com a sua rede para que possamos salvar a vida de mais e mais famílias.