Distrito: Capão Redondo
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O PROJETO

O Coletivo Ponto a Ponto é um negócio social que surgiu em 2018 pela necessidade de duas mulheres de complementarem a renda familiar. Com habilidades manuais em corte e costura e enfrentado problemas de saúde, as moradoras da Chácara Santa Maria na periferia sul de São Paulo, se uniram para, com seus conhecimentos, desenvolver produtos, conquistar clientes e trazer outras pessoas para crescerem juntas. O Coletivo produz enxovais, peças de decoração e presentes para venda ao consumidor final.

 

A PROPOSTA

Uma iniciativa que produzirá peças artesanais em conjunto com outras artesãs, ajudará pessoas que queiram aprender as técnicas de corte e costura e iniciar seus próprios negócios. O projeto tem como finalidade organizar e fortalecer o negócio recém-iniciado.

O apoio do edital permitirá a ampliação do número de pessoas que compõem o coletivo, produzindo e comercializando as peças, de 4 para 12. Possibilitará também a estruturação de uma sede com equipamentos, mobília e compra de materiais no atacado para a produção das peças, o que significa uma redução de até 60% nos atuais custos de produção.

O aumento no número de integrantes ampliará a capacidade de criar novos produtos, de buscar novas parcerias para vendas em maior volume, de participar em feiras e exposições para a venda dos produtos e de formação contínua das participantes, o que amplia o potencial de troca de saberes entre os membros.

 

O CONTEXTO

O bairro da Chácara Santa Maria e suas redondezas tem um alto índice de violência doméstica. Muitas mulheres, por não gerarem sua própria renda, se vêm sem perspectivas para outra alternativa que não a atual dependência de seus maridos. O Coletivo Ponto a Ponto surge como uma alternativa para essas mulheres buscarem uma maneira de ser viver, rompendo com o ciclo vicioso de dependência financeira além de possibilitar crescimento pessoal, tirando-as da zona de vulnerabilidade e da dependência financeira governamental ou cerceamento parental, melhorando sua autoestima e no despertar de seu valor nato. Essa região também é carente de oportunidades de trabalho formalizado, sendo o trabalho informal uma das poucas maneiras de ingressarem no mercado produtivo sem precisarem percorrer longas distâncias.

O projeto irá impactar a vida das pessoas com o oferecimento da oportunidade de aprendizado tanto para empreender, quanto para retornar ao mercado de trabalho. Durante as aulas, além das técnicas artesanais de bordado, costura criativa, crochê, pinturas, saboaria, tear e trabalhos em MDF, serão ensinadas também as condições necessárias para a formalização como empreendedores, as boas práticas para organização de ambientes, e práticas de sustentabilidade com aulas de reaproveitamento de produtos descartados, como óleo de cozinha, por exemplo.

 

COMO FUNCIONA

Com a supervisão da coordenadora do coletivo, cada pessoa desenvolverá uma linha de produtos de acordo com sua expertise. Os trabalhos serão comercializados em feiras e em uma plataforma coletiva online. O resultado líquido das vendas será distribuído de acordo com a produção individual e um porcentual desse valor será revertida para o caixa do Coletivo, a fim de formar capital de giro.

Outra atividade do coletivo será oferecer aulas de manualidades como uma forma de gerar mais receita para o coletivo e ajudar no estabelecimento da sua sustentabilidade. As aulas serão de livre demanda, mediante agendamento, em grupos de 04 pessoas, com um encontro semanal de três horas cada; e serão parte do processo seletivo para aqueles que quiserem participar do coletivo. Será cobrado um valor simbólico de R$20,00 para a reposição da matéria prima utilizada, será criado também um fundo de caixa para beneficiar as pessoas de baixíssima renda. Nas aulas serão oferecidas técnicas de manualidades, sustentabilidade e organização pessoal. Serão oferecidas 3 formações para 12 pessoas durante o period de execução do projeto; num total de 12 aulas para 04 pessoas por trimestre; e uma venda colaborativa no 13º encontro.

As 8 pessoas serão selecionadas pelo critério de necessidade e vulnerabilidade, em parceria com o Serviço Social e Agente de Saúde da UBS Luar do Sertão; e durante as aulas de manualidades oferecidas pelo Coletivo neste projeto.

O negócio social tem como objetivo promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho descente para todos, estimulando o empreendedorismo social com a ministração de minicursos para fomentar o crescimento dos indivíduos da comunidade.

 

O PÚBLICO DO PROJETO

  • Pessoas em situação de vulnerabilidade social | 8 pessoas diretamente e 40 indiretamente. Os beneficiários diretos são moradores do bairro, usuárias da UBS Luar do Sertão que serão encaminhadas (ou por livre demanda) (haverá um banner convite no mural da UBS e no CIC Valo Velho). A idade limite mínima é de 14 anos, pois é necessário usar agulhas e tesouras. O critério é o comprometimento, duas faltas não justificadas nas aulas acarretarão no corte do projeto. Será feita uma planilha de acompanhamento, em que constará a evolução de cada indivíduo: se vendeu peças de sua realização ou se iniciou ou retornou ao mercado (CLT) de trabalho.
  • Os familiares dos participantes serão beneficiados indiretamente com o aumento de renda dos participantes.

 

OS OBJETIVOS DO INVESTIMENTO

  • Estruturar e fortalecer o negócio.
  • Oferecer aulas de manualidades como uma forma de gerar mais receita.
  • Criar e manter um fundo para custear as aulas de indivíduos de baixíssima renda.
  • Aumentar a autonomia pessoal das participantes.
  • Contribuir para a melhoria da autoestima de cada uma das participantes.
  • Melhorar a rede de apoio para fortalecimento das atividades e do coletivo.
  • Envolver a comunidade para ser protagonistas das melhorias que o Coletivo busca para a comunidade.
  • Aumentar a visibilidade e conhecimento do Ponto a Ponto dentro e fora do território.

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